sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Sono

                                    
                                                        O Pesadelo, Fuseli, 1781
                                  
Por Geraldo Lima

Estava deitada, dormia imersa no REM, quando a porta rangeu de leve, forçada por mão matreira. Um corpo levitou e ganhou o interior da casa sem fazer ruído algum. Não podia vê-lo, apenas sentir seu hálito quente bafejando-lhe a nuca. Enquanto a presença do outro crescia dentro do seu sono, tentava, em vão, reencontrar a voz, os braços e as pernas inutilizados pelo pânico.

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